Se tem uma coisa que não muda em Araguaína, é Ana Paula Abadia no comando da Secretaria de Saúde. Ela assumiu o cargo em março de 2020, enfrentou de cara a pandemia de Covid-19, e desde então, segue firme e forte, independente de quem esteja sentado na cadeira de prefeito.
Não dá pra negar que Ana Paula teve seus méritos, especialmente no início da gestão, quando a crise da pandemia bateu forte. O prefeito Wagner Rodrigues, impressionado, decidiu mantê-la no cargo, e assim ela continuou na liderança da saúde municipal.
Mas nem só de elogios vive a trajetória da secretária. Foi durante sua gestão que Araguaína viu um dos maiores escândalos envolvendo dinheiro da saúde. Em 2021, a Polícia Federal bateu à porta do município para investigar um rombo de R$ 6,7 milhões, desviados entre 2018 e 2020, segundo as investigações.
O mais estranho? Mesmo depois do escândalo, a Secretaria de Saúde seguiu terceirizando serviços e renovando contratos com a mesma organização investigada. Até hoje, ninguém sabe – ou pelo menos ninguém diz – se Ana Paula e a gestão municipal tinham conhecimento das irregularidades.
O resultado? Ninguém foi responsabilizado, o dinheiro público sumiu, e a secretária permanece intocável no cargo. Enquanto isso, quem depende da saúde pública é quem realmente paga o preço.
Será que os serviços de saúde estão assim tão bons, quanto o poder da secretária intocável?
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