É impossível passar ileso pela postagem da ex-prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, sem que um misto de indignação e incredulidade tome conta. A senhora que entregou a capital atolada em R$ 300 milhões de dívidas – uma herança maldita que estrangula a atual gestão – teve a ousadia de atualizar sua foto de perfil no X (antigo Twitter) com uma imagem em que gargalha escancaradamente. Não bastasse a foto, ainda acrescentou um “Nova foto no perfil”, como se isso fosse a maior contribuição de sua existência pública recente.
A pergunta que não quer calar é: como alguém com um histórico administrativo tão desastroso consegue rir assim, sem remorso? Sua gargalhada soa como um tapa na cara dos palmenses, que convivem diariamente com os impactos dessa dívida monumental. É quase como se dissesse: “Eu fiz o que quis e não devo explicações a ninguém.” Um deboche explícito, quase coreografado, direcionado à população e à gestão que tenta desatar o nó que ela mesma deixou.
Enquanto a revolta ecoa nas redes sociais, onde internautas sugerem que o “Uber da Federal” – uma alusão às viaturas da Polícia Federal – pode ser o próximo meio de transporte a visitá-la, Cinthia permanece calada. Não há explicações, justificativas ou sequer um mea culpa. Ao invés disso, escolhe posar para fotos sorridentes e provocar ainda mais indignação.
Se há algo que a ex-prefeita deveria fazer é “sair do armário” – mas não para posar, e sim para encarar a realidade. Os palmenses merecem saber: como e por que a cidade chegou a esse buraco financeiro? Entretanto, ironicamente, esconder-se parece ser uma habilidade refinada de Ribeiro e dos que lhe cercam. Aliás, não é de hoje que se comenta que há segredos muito bem guardados na vida da ex-prefeita. Segredos que também envolveria figuras próximas – quem sabe até "bem próximas". A metáfora do armário nunca foi tão apropriada. Só que, como todos sabemos, portas de vidro não oferecem proteção por muito tempo. Basta uma pedra bem lançada para que tudo vire caco.
Cinthia Ribeiro, enquanto gargalha nas redes sociais, parece ignorar o fato de que os palmenses não esqueceram. Nem das dívidas, nem dos bastidores suspeitos de sua gestão. Talvez seja hora de abrir o armário de vez. Porque, cedo ou tarde, o que está lá dentro vai sair – com ou sem sua permissão. E quem estiver escondido junto, que se prepare para os holofotes.
Enquanto isso, seguimos assistindo a um espetáculo de ironia e cinismo. Resta saber quanto tempo essa pose vai durar antes que a gargalhada dê lugar ao peso das consequências. Afinal, até o deboche tem limite. Ou será que, para Cinthia, não?
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