As demissões recentes de indicados por vereadores que apoiaram Max Baroli na disputa pela presidência da Câmara estão gerando desconforto nos bastidores da política local. Embora oficialmente alguns parlamentares minimizem a situação, a leitura geral é que o prefeito Wagner Rodrigues pode estar adotando uma postura arriscada, interpretada como retaliação, e isso pode complicar sua relação com o Legislativo.
Em conversas com o O na Íntegra, vereadores da base governista disseram não guardar mágoas, mas as críticas não ficaram de fora. Um deles, que preferiu não se identificar, apontou que Wagner está tomando decisões que refletem a falta de intenção de seguir na política após o fim do mandato.
"Continuo na base, mas percebo que ele não quer mais nada além de terminar esse mandato. Envia projetos impopulares e toma medidas que não ajudam na relação com a Câmara", afirmou.
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Outro vereador foi mais direto e disse que o clima não é tão pacífico quanto parece. Segundo ele, Wagner está “esticando a corda” e pode acabar isolado:
"O prefeito precisa entender que a Câmara mudou. Hoje, há mais independência. Se ele continuar insistindo nesse tipo de postura, vai conquistar a antipatia e uma oposição mais consolidada aqui dentro", alertou.
Enquanto os bastidores esquentam, a relação entre o Executivo e o Legislativo parece caminhar para um ponto de tensão, com impacto direto na governabilidade de Wagner Rodrigues.
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